terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Memória de Natal

Quando recebi a tua prenda de Natal, há três longos anos, nao me cansava de a ouvir. Passados estes anos, aqui estamos, agora em união, e continuo a não me cansar de a ouvir.

Oiço-te, por entre os tons de Natal que David tão bem interpreta. Oiço-te como te ouvia há três anos atras e recordo como serias, por onde andarias e com quem estarias.

Hoje, sinto-te em mim e sinto-te MINHA.

Hoje, neste Natal sem fim, esta é a melhor prenda que me podias ter oferecido: ouvi-la e cantarolá-la ao teu ouvido, porque, HOJE, tu és REAL, tu és MINHA!

FELIZ NATAL, MEU AMOR!!

M.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Boa noite

A m o r,
Aqui me perco,
na busca da banda sonora
procuro
procuro
e perco-me em cada som
longe de ti.
Boa noite para ti
aqui,
o som sai da caixa de música
perfeita para o sono
com sonho.
O meu abraço envolve-te
aquecendo o teu suspiro
O meu beijo toca-te
e adormece-te.
boa noite,
Boa
Noite.



B.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Agora

A noite ganhou forma,
Lá fora as viaturas correm apressadas,
como que procurando o aconchego do abrigo,
A lua dormita sob a nuvem,
eu aguardo a tua voz.
Queria-te perto,
sentir o teu coração bater
ouvir-te adormecer.
Olho pela janela
o corrupio do morcego em prol das suas crias
a fuga em vão da borboleta da noite,
é a vida, dizem uns.
Longe, o sinal vermelho dos Dom Quixote modernos
Alerta.
Agora estás longe.
O gelo invade a cidade,
Contagiando os corações.
Não demores,
Vem, agora...



B.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

VITORIA

Há frio por aqui. ..

Gente que caminha rua acima, rua abaixo, de cão na mao (ou criança ao colo).

Há o cheiro a castanhas assadas, envolvidas em cartuxos de papel reciclado (que chique).
Há uma lingua que me atropela os sentidos e vence a minha capacidade de identidade (deslocada).
Há a solidão das noites, ainda que pense qual a melhor forma de te ter aqui (agora).

FAZES-ME (SEMPRE) TANTA FALTA!!!

M.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Saudade(s)

Vagueio na imensidão azul da água,
a delicadeza das ondas toca a areia castanha, sozinha.
Sinto a saudade de ti,
no flutuar das aves,
ou no bater das asas daquele pássaro, ali sozinho.
A realidade da tua existência
apodera-se do meu corpo.
A tranquilidade que invade a minha alma
é ameaçada pela presença constante de sons que perfumam as ruas que percorro,
o ritmo da paixão seduz-me,
    torna a quietude num desejo
    e a serenidade compassada da saudade marca-me.



B.

domingo, 4 de novembro de 2012

a despedida dos amantes

Mais um abalar entre sorrisos desfeitos e corações feitos à distância. Mais uma viagem com um destino de costas viradas. O rio que nasce naquela tua serra e vem parar a este meu mar. Também estes em viagem, entre encontros e desencontros...

Até quando as viagens de vai-vem? até quando o meu e o teu acenar?

Até quando entristecer?

M.

domingo, 28 de outubro de 2012

Folhas de Outono

As cores de Outono denunciam o calor dos amantes. São quentes, fazem corar e afagam a nossa alma.
Ainda hoje as senti bem cá dentro, quando passeava a teu lado. Faltou a mão na mão ou o braço na cintura, mas as cores e o teu sorriso logo fizeram esquecer esse corpo a corpo que é só nosso.

Gosto de descobrir contigo os sons da natureza. Gosto da forma como atentas aos movimentos dos seres que te desafiam os sentidos, que te despertam os sorrisos e que te fazem um ser ainda maior. 

Gosto de ti! GOSTO MUITO DE TI!!
M.

Uma manhã ao teu lado, no bosque da cidade

Hoje o acordar teve mais som e brilho,
No calor do sonho, senti o teu respirar.
Os dias, na sua efemeridade e rapidez,
tal e qual como o pica-pau que vimos no seu buraco de árvore
são sempre mais coloridos, quando a distância que nos separa, é a de um beijo.
Anda vem comigo...
No bosque, no meio da cidade
escutas o murmúrio das árvores,
sentes a melodia do deslizar de cada folha,
e a dança do melro debaixo do castanheiro.
As cores de outono perfumam o nosso olhar,
e tu perdes-te no medronheiro. Estás corada sabias?
A alegria de partilhar o espaço, torna ainda mais real o habitar.
A conversa propaga-se e atmosféricamente
as palavras encontram palavras,
os amigos escutam e falam.
É uma manhã ao teu lado.


B.


História do Sábio Fechado na sua biblioteca

" Era uma vez um velho sábio que tinha lido todos os livros e sabia tudo. Nada do que existia, e mesmo do que não existia, tinha para si segredos."

in Manuel António Pina

sábado, 20 de outubro de 2012

Manuel António Pina (1943-2012)

Completas

A meu favor tenho o teu olhar
testemunhando por mim
perante juízes terríveis:
a morte, os amigos, os inimigos.

E aqueles que me assaltam
à noite na solidão do quarto
refugiam-se em fundos sítios dentro de mim
quando de manhã o teu olhar ilumina o quarto.

Protege-me com ele, com o teu olhar,
dos demónios da noite e das aflições do dia,
fala em voz alta, não deixes que adormeça,
afasta de mim o pecado da infelicidade.

in “Algo Parecido Com Isto, da Mesma Substância”



B.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Em ataxito para ti




B.

Palavras de inspiração em 1984

Há que viver - e vive-se, graças ao hábito que se tornou instinto - no pressuposto de que cada som emitido deveá ser escutado e que cada ser deverá ser livre, ter amor, exprimir feições e por alguma razão agir e fazer.
Onde param o ministério da verdade, a polícia do pensamento, a alegoria de sísifo, a defesa de um slogan: A paz para todos, liberdade com dignidade, educação é a força...
E agora?! Que brilhante sobressalto, no instante que se segue adormeço embalado pelo rufar do coração.
Que labirintico conjunto de expressões.
Um dia, as palavras serão a chave das estórias e histórias.


B.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

entristecer...

Quando o dia cai, entra a noite que me cobre metade da face com a sua sombra... Antes assim, que não me vêem a entristecer!

B.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Do You Marry Me?

Hum...hummm...
E C O P O N T O!!!!!


P.S Kiss on You darling...I love when you're so attentive...








B.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

FIDELIO

Sempre que acordo depois de um sono mais inquietante, apareces-me nos pensamentos. Vejo-te sempre, ou quase sempre, à janela de um quarto de hotel, nua, de costas para mim e a olhar para a rua.


O teu olhar parece trespassar a vidraça para poisar sobre um circulo de nuvens. São sempre as mesmas nuvens estas, de cor laranja, densas e flutuantes, sem mais nenhum ponto de cor ou outra aparência, apenas nuvens que, ao invés de serem brancas, são laranja, ou salmão (talvez).


Depois surge um pássaro estranho, temeroso, diria, com umas asas enormes e recortadas, de crista levantada e que te transporta qual Pegasus. Talvez neste sonho eu te confundisse com Belerofonte, filho de Poseidon e dono do cavalo com asas.


Depois, bem depois, vejo-te a partir ao som de Corciolli, levando entre as mãos o teu som FIDELIO...


M.

terça-feira, 6 de março de 2012

Algures junto à nuvem caracol

Sempre que a distância aumenta,
Perco-me no diluvio dos pensamentos.
Como posso permanecer neste vazio?
Ao longo das longas caminhadas de palavras
Julgo-me capaz de reconhecer o vulto da tua presença
É certo que permaneces no meu pensamento,
e continuas responsável pelos batimentos cardíacos.
Como será a vida amanhã,
Que dia corro junto a ti,
A que horas me encontro fugindo da música que me acorda?
E tu que passas aqui, porque não falas com estas palavras marcadas pelas teclas
É bom ter amigos,
É bom caminhar, mas o percurso que leva ao amor não pode parar.
Estou a dormitar
Porém, luto com a vontade de te ter ao meu lado,
Agora vou
Mas estarei sempre por aí, longe, ou por aqui ao meu lado junto a ti.
 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

de profundis

A simbologia de uma palavra trespassa muito além do que pensamos ditar ou dizer, ou até pensar, soletrar, imaginar, idealizar, mas a palavra, esse conjunto de sons, ditongos, silabas, letras, invade e penetra de forma  de profundis, em cada uma de nós.

Não consigo imaginar a minha vida sem ti!
Não consigo imaginar as tuas palavras longe de mim!
Não consigo soletrar a palavra A-M-O-R de uma outra forma, senão dirigida a ti

E hoje queria-te aqui, mais que nunca.

Sabes, é importante a presença, nunca a reminiscência do que podíamos ter sido. A harmonia da relação está no estar, não no sonhar, ainda que a força de um sonho possa comandar esta nossa vida.

E a beleza de um olhar vale a importância de um estar!

HOJE, MAIS DO QUE NUNCA, QUERIA-TE AQUI. . .

M.

À descoberta do Amor


Se uma qualquer história inesquecível, sobre os segredos do coração, se transformasse em realidade dos pensamentos, de que falaríamos?
Numa certa manhã, ou numa certa tarde, junto à maré, à margem de um rio, no cume de uma montanha, o nós se descobrisse.
Sempre que o encontro faz eco e se projecta num qualquer espaço, num qualquer tempo, o rumo das vidas entra numa viagem labiríntica, secreta e apaixonada, com segredos, amor, percursos, ritmos, sinfonias, sombras, romance, personagens, palavras duras e fortes, com tramas e estórias de encantar. Cada passada é engalanada pela alma, o pensamento e o coração.
Lá longe na cidade, ou ali no lugar nesta modéstia de pensar, perdem-se defeitos para nos conquistar.
Nos baús do passado, emprestamos  quadros ou fotografias caminhando para a perfeição, desafiando enigmas, querendo mais presença, partilha e sentidos.
Levas as minhas coisas?
Na beleza deslumbrante da nossa inspiração, o acaso ou ocaso perdura na recordação da evidência de estar neste aqui, que também é teu.
O sol nasce em cada manhã, não permaneçam nunca prisioneiros em si, absorve a natureza e o que há de bom nos vizinhos.
Sem medo vamos percorrer a vida, acreditando no nosso amor inequívoco sem receio de preconceito ou cega convicção.
Amanhã, sim amanhã é um outro dia, novas opiniões se cruzarão e a maioria das pessoas de certo terá reflectido sobre a simplicidade e sobre o que verdadeira mente importa, ele mesmo.
É como se de um verdadeiro fenómeno se tratasse, só encontramos quem de facto parece dispor tempo para o invisível e essencial, para o amor.


B.