sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Agora

A noite ganhou forma,
Lá fora as viaturas correm apressadas,
como que procurando o aconchego do abrigo,
A lua dormita sob a nuvem,
eu aguardo a tua voz.
Queria-te perto,
sentir o teu coração bater
ouvir-te adormecer.
Olho pela janela
o corrupio do morcego em prol das suas crias
a fuga em vão da borboleta da noite,
é a vida, dizem uns.
Longe, o sinal vermelho dos Dom Quixote modernos
Alerta.
Agora estás longe.
O gelo invade a cidade,
Contagiando os corações.
Não demores,
Vem, agora...



B.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

VITORIA

Há frio por aqui. ..

Gente que caminha rua acima, rua abaixo, de cão na mao (ou criança ao colo).

Há o cheiro a castanhas assadas, envolvidas em cartuxos de papel reciclado (que chique).
Há uma lingua que me atropela os sentidos e vence a minha capacidade de identidade (deslocada).
Há a solidão das noites, ainda que pense qual a melhor forma de te ter aqui (agora).

FAZES-ME (SEMPRE) TANTA FALTA!!!

M.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Saudade(s)

Vagueio na imensidão azul da água,
a delicadeza das ondas toca a areia castanha, sozinha.
Sinto a saudade de ti,
no flutuar das aves,
ou no bater das asas daquele pássaro, ali sozinho.
A realidade da tua existência
apodera-se do meu corpo.
A tranquilidade que invade a minha alma
é ameaçada pela presença constante de sons que perfumam as ruas que percorro,
o ritmo da paixão seduz-me,
    torna a quietude num desejo
    e a serenidade compassada da saudade marca-me.



B.

domingo, 4 de novembro de 2012

a despedida dos amantes

Mais um abalar entre sorrisos desfeitos e corações feitos à distância. Mais uma viagem com um destino de costas viradas. O rio que nasce naquela tua serra e vem parar a este meu mar. Também estes em viagem, entre encontros e desencontros...

Até quando as viagens de vai-vem? até quando o meu e o teu acenar?

Até quando entristecer?

M.