B.
domingo, 28 de dezembro de 2014
Na Solidão dos Campos de Algodão (Bernard-Marie Koltès)
“… dois homens
abordam-se sem se conhecer: diga-me o que quer que eu vendo-lho, diz o primeiro
e o outro responde: diga-me o que tem que eu digo-lhe o que quero…
Há aquilo que
não se pode dizer e aquilo que não se quer fazer, pois nunca se deve entregar
ao outro a fraqueza de mão beijada, existe uma espera louca e tenaz, a
descoberta de que se é pobre, pobre de desejos, há todas as feridas que se
podem fazer ao desejo do outro e o sofrimento que se descobre e que ao mesmo
tempo se rejeita.” Patrice Chéreau
B.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Do verbo Ir
|agora é só ir| vontade de mudar| não olhar para trás| seguir| salta, salta, salta| próximo novo ano| nova mudança| as velhas perguntas| as velhas respostas| JUMP| hoje é o dia| do verbo ir...
B.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Hoje em Palavras
|Apeteces-me| hoje| não conduzi,
fui levada| no meio de tanto tempo em desperdício| retomei o cenário de um
desejo| a câmara imaginária do meu pensamento| constrói e recria cenários de
conversas pouco prováveis| é bom olhar o verde lá da serra da lousã| do vale e
do mondego| temos uma ciência perspectiva| gosto de brincar com as palavras| de
escutar as músicas das pesquisas| e principalmente perder-me das obrigações|
agora estava a tentar ser séria| mas a responsabilidade de nada fazer é
perfeita| gosto que me apeteças| boa semana| a todas e todos|
B.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
domingo, 30 de novembro de 2014
A Voz que Nos Rasgou por Dentro (Nuno Judíce)
“De onde vem - a voz que
nos rasgou por dentro, que
trouxe consigo a chuva negra
do outono, que fugiu por
entre névoas e campos
devorados pela erva?
Esteve aqui — aqui dentro
de nós, como se sempre aqui
tivesse estado; e não a
ouvimos, como se não nos
falasse desde sempre,
aqui, dentro de nós.
E agora que a queremos ouvir,
como se a tivéssemos reconhecido
outrora, onde está?
A voz que dança de noite, no
inverno,
sem luz nem eco, enquanto
segura pela mão o fio
obscuro do horizonte.
Diz: "Não chores o que te
espera,
nem desças já pela margem
do rio derradeiro. Respira,
numa breve inspiração, o cheiro
da resina, nos bosques, e
o sopro húmido dos versos.”
Como se a ouvíssemos.” Nuno
Júdice in Meditação sobre Ruínas
B.
sábado, 29 de novembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
Galveias
“Com a cabeça limpa, sem pressa,
Isabella reflectia na necessidade que todos os países têm de padeiros e putas.
Ninguém vive só da massa sólida e regenerativa do pão, como ninguém vive apenas
da beleza vaporosa e lírica do sexo. Os corpos precisam desses dois tempos, as
nações também” José Luís Peixoto in Galveias
B.
sábado, 1 de novembro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
terça-feira, 7 de outubro de 2014
O Tempo e a Promessa (José Tolentino Mendonça)
“«Accende lumen
sensibus» («Ilumina os sentidos»)recitava uma antiga invocação litúrgica, não
deixando dúvidas sobre o necessário envolvimento dos sentidos corporais na
expressão crente. Os sentidos do nosso corpo abrem-nos à presença de Deus no
instante do mundo. Em boa saúde, temos ao nosso dispor cinco sentidos (tato,
paladar, olfacto, visão e audição), mas a verdade é que não os aperfeiçoamos a todos
devidamente, ou, pelo menos, não os temos desenvolvido da mesma maneira.
Podemos receber
e transmitir informações tão diversas pelos sentidos, porque dispomos de um
cérebro que elabora e dirige. Mas falta-nos uma educação dos sentidos que nos
ensine a cuidar deles, a cultivá-los, a apurá-los. «Não sei sentir, não sei ser
humano» escrevia ainda Fernando Pessoa. E continuava: «Senti de mais para poder
continuar a sentir.» Efectivamente o excesso de estimulação sensorial em que
estamos mergulhados tem um efeito contrário. Não amplia a nossa capacidade de
sentir, mas contamina-a com uma irremediável atrofia. «Ah, se ao menos eu pudesse
sentir!» – é a proposição do desespero contemporâneo, que advém depois de se
ter experimentado tudo, em vertigem e convulsão…” José Tolentino Mendonça in A Mística do Instante - O Tempo e a
Promessa
B.
domingo, 5 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Dia Internacional do Idoso e Dia Mundial da Música
"O segredo
de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com
a solidão." Gabriel Gárcia Marquez
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Não parece, mas ainda por aqui andamos...
CONTRALUZ
“A luz do fundo imprime o seu perfil
com a nitidez de um acordar em Setembro,
sentindo o ar frio do outono contra
as faces rosadas. No entanto, é como se
tivesse mil anos na sua alma, mil
gavetas de recordações que não quer
abrir, deixando para outros o trabalho
de descobrirem, num ou noutro papel,
os apontamentos de um tempo em que
foi livre. Agora, deixa para trás de si
o dia, o brilho da manhã, o voo dos
enxames que abandonam o continente,
e que desejaria seguir para onde não
tivesse de voltar. Ficará fechada
na moldura de uma obscura sala, e
lentamente a madeira que a prende ir-se-á
desfazendo. Ela, no entanto, não perde
a altivez, e entrega-se à eternidade efémera
de quem a vê para logo a esquecer.” Nuno Júdice in “O Fruto da Gramática”
de quem a vê para logo a esquecer.” Nuno Júdice in “O Fruto da Gramática”
B.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
sábado, 16 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
R.I.P. Lauren Bacall (1924-2014) & Emídio Rangel (1947-2014)
If I'm a
legend, I'm dead. Do you want me to be dead? Legends are of the past." (Lauren
Bacall)
B.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
R.I.P. Robin Williams (1951-2014)
“I love
you. I miss you. I’ll try to keep looking up. Zelda Williams.”
B.
sábado, 9 de agosto de 2014
Pernoitas em Mim (Al berto)
“Pernoitas
em mim
e
se por acaso te toco a memória... amas
ou
finges morrer
pressinto
o aroma luminoso dos fogos
escuto
o rumor da terra molhada
a
fala queimada das estrelas
é
noite ainda
o
corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço
com a nómada solidão das aves
já
não possuo a brancura oculta das palavras
e
nenhum lume irrompe para beberes.”
Al Berto in “Rumor dos Fogos”
B.
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