“corpo
que te seja leve o peso das
estrelas
e de tua boca irrompa a
inocência nua
dum lírio cujo caule se estende
e
ramifica para lá dos alicerces
da casa
abre a janela debruça-te
deixa que o mar inunde os
órgãos do corpo
espalha lume na ponta dos dedos
e toca
ao de leve aquilo que deve ser
preservado
mas olho para as mãos e leio
o que o vento norte escreveu
sobre as dunas
levanto-me do fundo de ti humilde
lama
e num soluço da respiração sei
que estou vivo
sou o centro sísmico do mundo.” Al Berto, in 'A Noite Progride Puxada à Sirga'
B.
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