sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Confissão

Estamos em Dezembro (já quase no final, é certo) e com ele vêm as festas, as boas, as passagens, o ano que fica para trás e o outro que se aproxima. Ficam os episódios bons e menos bons, as coisas que ganhámos e aquilo que perdemos. Fica um País à beira da miséria e aproxima-se um País na miséria. Enfeitam-se as árvores, as casas e, desmancham-se não tarda, os presépios de todas as nações e gostos. E aqui estamos nós, ano após ano, a passar pelo mesmo e a desejar que tudo acabe rapidamente, porque, com o passar dos anos, a sociedade e as pessoas foram-se tornando reféns de uma condição triste e autómata: festejamos o Natal, porque tem de ser, passamos a passagem de ano num compromisso de alegria, porque tem de ser...

Quantas vezes fui à missa durante este 2013, na qualidade de cristã? Muito poucas... hum, deixa ver, nenhuma! Que cena triste, os dias e os meses passaram e eu esqueci-me de Deus, do Universo, da Caridade, da Fraternidade... Esqueci-me de dar mais ao próximo, de estar mais presente do próximo, de ti, da família, de pensar mais em quem já não está aqui, ao meu lado, e de dar-me mais a quem está ao meu lado. Transformei-me num ser consumista, conformista e egoísta, tudo o que não gosto num ser humano. Olho para dentro de mim e quase nada fui em 2013...














M.

1 comentário:

  1. Amor estás tão profundamente reflexiva!Hummmm...afinal não sou só eu a realista ;)

    ResponderEliminar