terça-feira, 27 de agosto de 2013

Da alma, e de quanto tiver (Luís de Camões)

 “Da alma, e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.

Cousa que este corpo não tem
Que já não tenhais rendida;
Depois de tirar-lhe a vida,
Tirai-lhe a morte também.

Se mais tenho que perder,
Mais quero que me leveis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.” Luís de Camões


B.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Jorge Fallorca

“Aprendo devagar os lugares que o sono afunda. O turbilhão verde da minha louca infância, como um lugar alto que as estrelas consomem nas constelações da água. Escrevo com os olhos fechados. A escrita é redonda no texto circular. Atenta, a população debruça-se sobre as refeições, como um alquimista bêbado.
Ah, deixem-me passar. Os textos respiram sobre a mesa. Uma casa explode algures, na beira alta, como uma morte inteligente dentro da infância.” Jorge Fallorca

B.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Por caminhos...

“O que é que torna tão difícil às vezes decidirmos para onde vamos caminhar? (…) Não nos é indiferente para onde caminhamos, pois existe um caminho certo; mas devido ao nosso descuido e por vezes à nossa estupidez, assumimos na maior parte das vezes o pior caminho. Gostaríamos de fazer aquela caminhada, jamais feita por nós neste mundo real, que é perfeitamente simbólica da trilha que adoramos seguir no mundo interior e ideal; e, às vezes, sem dúvida, achamos difícil escolher a nossa direcção, porque ela não existe ainda distintamente no nosso pensamento” Thoreau in A Caminhada




B.

Maçarico-de-bico-comprido (Limnodromus scolopaceus)



http://www.avesdeportugal.info/limsco.html


B.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A não perder


A árvore enquanto protagonista do desenho. Troncos, ramos, folhagens: ao longo dos tempos, a expressão gráfica das árvores foi sendo moldada pelos artistas, assumindo variadas formas de escrita e de expressividade que, como um corpo não humano na paisagem, foi objecto de contínuas recriações gráficas.

 &

Xiloteca, como se de uma Biblioteca se tratasse, substituindo os livros pelas madeiras.


B. & M.

Palavras recordação

dos tempos em que o meu tempo dava para brincar com as palavras e com o palco...
saudades...
em breve...muito breve vou regressar.

P.s. Amor, acho que ainda não te tinha lido estas ao ouvido

In da distância I (2008)
presenciar o corpo, medir o seu peso, a sua cruz. isolar o corpo, procurar a função e o rito. motivar o corpo, quebrar a distância ao pensamento. marcar o corpo, negociar limites. tocar o corpo, descobrir o corpo partilhado

In da distância II (2008)
E no outro dia vi-te/ Aqui, neste sítio, lembras-te?/ Sim/ Pergunto-te, conheces?/ Levo-te dentro de mim, mesmo sem te segredar./ O teu sorriso no meu olhar./ Sonho contigo, afinal./ Passamos os dias com os passos subtis./ Aqui vejo-te, mas perco-te logo./ Sabes/ Insisto/ Mas não... não é agora/ Amanhã?/ Talvez/ Procuramo-nos/ E cruzamos o tempo lado a lado hoje/ Acaba tudo agora/ Não te vejo/ Amanhã/ Mas vou acabar por começar, afinal/ Ligo-te amanhã/ A tua viagem/ Sim começou/ Falo/ Ouve/ Este plano agora é nosso/ Vamos/ Lado a lado com a distância/ E no outro dia vi-te/ Aqui, neste sítio, lembras-te?/

http://porassimdizer.bandcamp.com/album/isto-n-o-aqui


B.

(...)





B.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

sábado, 3 de agosto de 2013

Caixa de Correio (send a letter or a postcard)

Adoro o ritual de ir à caixa de correio e descobrir cartas e postais d@s amig@s.
Confesso o meu fascínio por cada palavra ou imagem que me enviam. É uma sensação indescritível e ainda bem que nunca a perdi. Com mais coragem fico de continuar “à moda antiga” ou “primitivamente” resistindo ao famoso novo mundo do Facebook (reconheço-lhe vantagens mas até ver, espero por muito tempo, fico-me apenas pelo reconhecimento) porque vão aumentando os postais que recebo e envio.
Hoje vou dedicar-me a isso…


“De uma vez não pude mais, escrevi-te uma carta enorme em que me sangrei todo. Disse «vou dizer-te tudo». (...) Assim. Escrevi-lhe uma carta do tamanho da minha paixão, meti-a ao bolso, saí. Mas chegado ao marco do correio. Parei, meti a mão no bolso, fui dar mais uma volta de reflexão. Saber a palavra certa, o gesto certo, a atitude justa. Mas o que é que está certo para ti? Voltei ao marco do correio, meti a mão no bolso. Mas quando estava já a metê-la na ranhura. Fui dar mais uma volta.” Vergílio Ferreira, Para Sempre





B.