“Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando
amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma
folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um
grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas”
Manoel de Barros
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