B.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Amor (Adília Lopes)
“O amor
é foda
o amor
é boda
(a senhora sabe
da poda?)
o amor
está sempre
fora
de moda
é preciso amar
atrever-se a amar
andar com este
e com este
Deus é a nossa
mulher-a-dias
que nos dá prendas
que deitamos fora
como a vida
porque achamos
que não presta
Deus é a nossa
mulher-a-dias
que nos dá prendas
que deitamos fora
como a fé
porque achamos
que é pirosa
Gosto de me deitar
sem sono
para ficar
a lembra-me
das coisas boas
deitada
dentro da cama
às escuras
de olhos fechados
abraçada a mim” Adília Lopes In
Florbela Espanca Espanca Poemas extraídos da revista POESIA SEMPRE
B.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Os Deslimites da Palavra (Manoel de Barros)
“Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando
amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma
folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um
grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas”
Manoel de Barros
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
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