à tua espera,
olho para a minha imagem de ti,
esperando,
de novo,
o abraço.
B.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Sinto
que me apaixonei por ti,
por isso, todos os dias vou.
B.
por isso, todos os dias vou.
B.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
terça-feira, 28 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
segunda-feira, 13 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
segunda-feira, 6 de julho de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Príncipe no Roseiral (Matilde Campilho)
“Escute lá
isto é um poema
não fala de amor
não fala de cachecóis
azuis sobre os ombros
do cantor que suspende
os calcanhares
na berma do rochedo
Não fala do rolex
nem da bandeirola
da federação uruguaia
de esgrima
Não fala do lago drenado
na floresta americana
Não diz nada sobre
a confeitaria fedorenta
que recebe os notívagos
para o café da manhã
quando o dia já virou
Isto é um poema
não fala de comoções
na missa das sete
nem fala da percentagem
de mulheres que se espantam
com a imagem do marido
aparando a barba no ocaso
Não fala de tratores quebrados
na floresta americana
não fala da ideia de norte
na cidade dos revolucionários
Não fala de choro
não fala de virgens confusas
não fala de publicitários
de cotovelos gastos
nem de manadas de cervos
Escute só
isto é um poema
não vai alinhar conceitos
do tipo liberdade igualdade e fé
Não vai ajeitar o cabelo
da menina que trabalha
com afinco na caixa registadora
do supermercado
Não vai melhorar
Não vai melhorar
isto é um poema
escute só
não fala de amor
não fala de santos
não fala de Deus
e nem fala do lavrador
que dedicou 38 anos
a descobrir uma visão
quase mística
do homem que canta
e atravessa
a estrada nacional 117
para chegar a casa
ou a algum lugar
próximo de casa.” Matilde Campilho
B.
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